As luzes do dia cada vez mais cedo se apagavam...
Das chaminés a fumaça de longe se podia ver.
Neve acumulada...
Nas casas, todos recolhidos, bem aquecidos e aconchegados...
Em cada daquelas janelas um quadro, uma vida, um problema, uma alegria...
Nenhum com o outro se envolvia.
Cada um ,ao seu modo, sua vida vivia...
E lá nas últimas casas daquela rua, apenas lá, luzes acesas...
Era casa da Frau Gertrud, que havia parido há pouco tempo...
Seu bebezinho à noite ,trocava pelo dia...
Ela, lá a embalar, a cantar para o filhinho finalmente ninar e a desejar que o bebê logo crescesse...
Logo o dia chegaria, as luzes das casas se acenderiam, a rotina novamente ali se instalaria.
Cansada, nem podia em pé se imaginar!
Enquanto assim pensava, vê luzes mais fortes ainda acesas...
Eram da casa de Frau Elisabeth...
Nessa hora ela lembrou: estava à espera do filho adolescente para casa, após a festa retornar...
Um pensamento então, a espinha lhe arrepiou...
Olhou novamente para o bebezinho, apertou-o bem junto ao peito, amassou, aconchegou...
- Não cresce depressa não, meu amoreco!
Prefiro a certeza de, como uma galinha, sob minhas asas, enquanto der, te manter!
Quando percebeu, ele ali sorrindo adormecera.
Parece ter sentido a paz no seu coração...
Colocou-o no berço e logo também ela adormeceu!
Que viesse o novo dia, que viesse nova mamada, saberia com paciência em cada fase com muito amor e carinho passar...
chica