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26/09/2018

º Das perdas... º



Essa semana que passou tivemos  uma perda de um amigo de longos anos.
Era parceiro de trabalho do meu marido e mesmo após a aposentadoria dos dois, estavam sempre em contato.
Assim, mesmo sendo avessos à frequentar lugares tristes e que não nos façam bem, por motivos óbvios, tivemos que ir até lá confortar a viúva e dele nos despedir.

O cenário sempre aquele. Triste!  Perder alguém nunca é bom!

 O restante do cenário, encontro e reencontro com velhos amigos de trabalho... Claro que sorrisos e alegria ao rever alguns deles. Nem todos, claro!!!

Mas voltando, assim é.

Dentro da sala, o silêncio.

Fora dela, o alarido de vozes que se reencontravam e parecia que a vida estava correndo normalmente, sem dar muita "bola" parta aquele que ali estava deitado...

 Chega o padre.
A primeira fala:

_Por favor, desliguem celulares ou os silenciem e se aproximem.

Nada mais certo!

Na primeira frase dele, já conquistou a atenção de todos.
Há os que sabem e os que não o sabem fazer.  Reforçou carinhosamente para a viúva e os enlutados, a importância daquela sala cheia estar. Disse que já fez essa cerimônia com a sala toda vazia, apenas o "interessado".

E que se cheia estava, era o que o tesouro que o amigo que partiu havia conquistado. Sua bagagem. Apenas essa ele levaria!

Mostrou o valor da família, amigos ,o desprendimento do material e a importância de não esquecer que podemos saudades sentir, mas não tristeza. Quem foi, já está do outro lado ,descansou! Lá agora é a festa!

Enfim, fazia tempo, não ouvia um padre tão afetivo, tão gente como aquele. Saímos bem, apesar de...

Mas a vida segue...

E na vida, as inconformidades com as leis aparecem...
A viúva além de perder o seu amor e parceiro de longa vida, receberá apenas a metade da aposentadoria, que já é uma vergonha nacional.

E mais: ao planos de saúde a que estava vinculada, terá direito somente por um ano...
E depois?

Assim, segue a vida...

Me pergunto: é justo isso?  Se ela morresse, ele continuaria com tudo igual...

Mas as mulheres, até nessa hora perdem!

Aff...Haja!!!

Há que lutar!!! Não se conformar!!!

  chica



13/09/2018

º "Estudantes"? º

Recentemente, um professor da Universidade de Lausanne, na Suiça, ganhou o Prêmio Nobel de Química.  Isso mostra o quanto as universidades do exterior investem em novas pesquisas e novos conhecimentos, muitas vezes com grande participação dos próprios alunos no processo.

Há vários outros exemplos em que acadêmicos, professores e pessoas ligadas à escola superior conseguiram, através de muito esforço e pesquisas, diversos prêmios que reconhecem os seus feitos notórios.

Enquanto isso, em várias cidades do Brasil, universidades federais foram ocupadas por "estudantes", que tinham o intuito de protestar contra alguns projetos do governo, mas acabaram impedindo a realização de diversas aulas, proibindo a circulação dentro dos prédios públicos.  Diante dessa situação, é preciso destacar dois pontos, presentes na Constituição Federal. 


1- (Art. 5, inc. IV da Constituição Federal de 88)

" é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; [...] XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;"


2- (Art. 5, inc. XV da Constituição Federal de 88)

“é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens”


Assim, é evidente que uma manifestação não pode impedir ninguém de frequentar um espaço público, nem sequer impedir que indivíduos assistam e participem da programação da universidade.  Impedir que os verdadeiros estudantes assistam as aulas é um atentado contra o progresso e contra o desenvolvimento. É lamentável que exista tamanha diferença de caráter entre pessoas de mesma idade, mas que receberam educação e disciplina de formas diferentes.

E ainda há quem pergunte por que há tantas "fugas de cérebros" do Brasil. 

NENO