Vivemos em um mundo tão dinâmico que deixamos de fazer algumas reflexões importantes, ora por falta de tempo, ora pela exaustão que a rotina nos proporciona. Uma dessas reflexões se refere à felicidade, talvez a sensação mais almejada pelos homens. Um sentimento relacionado intimamente ao ato de viver bem. “O que nos traz felicidade?” e “Como podemos viver bem?” são perguntas interessantes. E, afinal, o que é, de fato, viver bem?
Antes de responder a estes questionamentos, é essencial observar as singularidades da espécie humana. Cada indivíduo tem os seus próprios comportamentos, anseios, medos, preocupações e ambições - particularidades, estas, que fazem de cada pessoa um ser único. Sendo assim, a pergunta “o que é viver bem?” tem infinitas respostas. Deixando a hipérbole de lado, é possível dizer que cada ser humano terá uma resposta diferente para a questão.
Alguns, por exemplo, diriam que uma vida boa é repleta de luxo, riquezas e superficialidades: “uma vida digna de um imperador”, explicariam. Outros preferem seguir o estoicismo, corrente filosófica da Grécia Antiga que preza por não depender dos bens materiais. Há ainda os que buscam o contato com a natureza, com o intuito de fugir daquilo artificialmente inserido pelo homem. Enfim, é impossível generalizar uma reflexão tão profunda. É preciso analisar cada indivíduo separadamente, com suas aspirações naturais e universais, para obter algum resultado.
Assim, uma pergunta mais adequada seria “O que é viver bem para mim?”, como uma auto reflexão; ou “O que é viver bem na tua opinião?”, respeitando as particularidades de cada pessoa. Dentre as várias opções de resposta, prefiro dizer que viver bem é buscar aquilo que traz felicidade, evidenciando a relação entre ambos os termos. Buscar o ponto positivo nas mais variadas situações é uma estratégia recomendada, inclusive, por profissionais da saúde mental. Outra opção é observar e perceber as coisas que estão ao nosso redor e que diversas vezes passam despercebidas, sabendo apreciar a beleza na simplicidade.
Portanto, embora seja uma pauta extremamente relativa e profunda, é importante fazer esse tipo de reflexão sobre aquilo que nos faz bem. É uma oportunidade de descobrir mais sobre nós mesmos, assim como realizar um momento de introspecção que pode fornecer uma fuga do dinamismo do cotidiano. E o fato de não haver uma resposta única torna tudo muito mais interessante - e humano.
abraços, Neno